População que vive de aluguel supera 46 milhões e bate recorde no Brasil

 

O número de brasileiros que moram em imóveis alugados atingiu um novo recorde em 2024. Segundo dados da Pnad Contínua, divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (22), 23% dos lares do país eram alugados — o maior percentual desde 2016, quando o índice era de 18,4%.

Em números absolutos, são 17,8 milhões de domicílios alugados, que abrigam 46,5 milhões de pessoas. O contingente equivale a 21,9% da população brasileira e supera a população total estimada do estado de São Paulo (46 milhões). Desde 2016, o número de inquilinos cresceu 32,7%, saindo de 35 milhões para 46,5 milhões.

Por outro lado, os lares próprios vêm perdendo espaço. Em 2024, 61,6% das residências eram próprias e já quitadas, ante 62,5% em 2023 e 66,8% em 2016 — o menor patamar da série histórica. Já os imóveis em financiamento representaram 6% do total, percentual estável em relação ao ano anterior. Ao todo, 52,3 milhões de domicílios eram próprios (quitados ou financiados), abrigando 146,2 milhões de pessoas.

Para William Kratochwill, analista do IBGE, o resultado reflete uma “carência” de políticas habitacionais. “Se não se cria oportunidade para a população adquirir o seu imóvel, e a pessoa continua querendo a sua independência, como faz isso sem conseguir comprar um bem? Tem de partir para o aluguel”, afirmou. O pesquisador também destacou que a queda no número de lares próprios pode indicar concentração de patrimônio.

Entre as regiões, o Centro-Oeste mantém a maior taxa de domicílios alugados (29,8%), enquanto o Norte apresenta a menor (15,3%).

Apartamentos ganham espaço

O estudo também mostrou que os apartamentos ganharam participação no total de moradias, alcançando 15,3% em 2024 — primeira vez que ultrapassam 15% na série. Já as casas caíram para 84,5%, o menor patamar já registrado.

Segundo Kratochwill, o movimento está ligado à urbanização e à busca por praticidade. “As pessoas querem viver perto do trabalho e de serviços nas cidades, mas o território é limitado. O resultado é a construção de prédios”, explicou. Ele também citou a segurança e a infraestrutura de lazer oferecidas pelos condomínios como fatores que favorecem a preferência por apartamentos.

fonte da notícia: https://www.blogger.com/blog/post/edit/8767805183331516757/6037034614700484080?hl=pt-BR


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