Incorporadoras lançam e vendem mais no 2º tri – Valor Econômico
Por Ana Luiza Tieghi
As prévias operacionais de 15 incorporadoras que já divulgaram os resultados do segundo trimestre mostram que o setor imobiliário continua com desempenho forte, com lançamentos e vendas em alta, apesar de as vendas terem crescido em ritmo menor do que a chegada de novos projetos.
As prévias operacionais de 15 incorporadoras que já divulgaram os resultados do segundo trimestre mostram que o setor imobiliário continua com desempenho forte, com lançamentos e vendas em alta, apesar de as vendas terem crescido em ritmo menor do que a chegada de novos projetos.
No segmento que atende ao programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), os lançamentos atingiram R$ 9,1 bilhões em valor geral de venda (VGV) no segundo trimestre, alta de 28% sobre o mesmo período de 2024.
O resultado também foi positivo no semestre, com crescimento de 43%, para R$ 17,2 bilhões em VGV.
Enquanto isso, as vendas líquidas subiram 10% e 14%, a R$ 7,96 bilhões no segundo trimestre e R$ 15 bilhões de janeiro a junho.
Enquanto isso, as vendas líquidas subiram 10% e 14%, a R$ 7,96 bilhões no segundo trimestre e R$ 15 bilhões de janeiro a junho.
Fanny Oreng, responsável pelas análises de real estate do Santander, afirma que as empresas do segmento entregaram resultados, em média, em linha com o esperado pelo mercado. “Mas esse ‘em linha’ já está bem puxado, com revisões de projeções para cima”, observa. “As expectativas já estão bastante elevadas”.
A MRV, que tem a ação mais descontada entre os principais players do setor, teve resultados afetados por atrasos no pagamento de programas regionais de habitação social, o que fez com que parte das vendas não fosse reconhecida no período. Sem isso, o trimestre teria sido melhor do que o esperado, afirma Oreng, o que aponta para uma melhora da empresa.
A dinâmica do MCMV tem ajudado as incorporadoras, inclusive com a nova faixa 4, que abrange rendas de até R$ 12 mil. Esse momento positivo deve continuar, segundo a analista. “Há demanda muito sólida pelo programa e o mercado de trabalho continua apertado”, diz, o que deve favorecer o ganho de margem das construtoras, embora exista “menos espaço para surpresas”, como ganhos muito acima do projetado.
As surpresas, boas e ruins, têm vindo do setor de média e alta renda. No segundo trimestre, a Moura Dubeux obteve resultados operacionais classificados como “impressionantes” pelos analistas do Itaú BBA, com lançamentos 102% acima das estimativas do banco e vendas 14% além do esperado.
Oreng analisa que a empresa tem se beneficiado dos lançamentos em sistema de condomínio fechado (também chamado de obras por administração), uma particularidade da Moura entre as incorporadoras listadas, e que atende clientes de renda mais alta. A empresa também lança na faixa 4 do MCMV com a linha Mood, o que a ajuda a não depender dos consumidores de renda média. No terceiro trimestre, deve estrear uma outra linha, para a faixa 3.
Oreng analisa que a empresa tem se beneficiado dos lançamentos em sistema de condomínio fechado (também chamado de obras por administração), uma particularidade da Moura entre as incorporadoras listadas, e que atende clientes de renda mais alta. A empresa também lança na faixa 4 do MCMV com a linha Mood, o que a ajuda a não depender dos consumidores de renda média. No terceiro trimestre, deve estrear uma outra linha, para a faixa 3.
Esse também tem sido um dos segredos do bom desempenho da Cyrela, responsável por 47% de todos os lançamentos de média e alta renda no primeiro semestre, em VGV.
Um grupo de dez incorporadoras de média e alta renda que já divulgaram seus resultados teve alta de 58% nos lançamentos no semestre, para R$ 13,2 bilhões. No trimestre, o aumento foi ainda maior, de 67%, para R$ 7,8 bilhões. Já as vendas líquidas cresceram 13% no semestre e 23% no trimestre, para R$ 11,2 bilhões e R$ 6,4 bilhões, respectivamente.
A Cyrela tem lançado projetos vistos pelo mercado como “diferenciados”, para a alta renda, enquanto aumenta sua exposição ao MCMV, com a marca Vivaz.
A divisão popular da Cyrela ajudou a empresa a elevar suas vendas neste ano. A participação da Vivaz nas vendas líquidas da companhia dobrou do primeiro semestre de 2024 para o de 2025, atingindo 40% do total comercializado. A divisão respondeu por 26% dos lançamentos no período.
Outras incorporadoras de médio e alto padrão enfrentam mais dificuldade e estão lançando com mais cautela. “As perspectivas macroeconômicas para incorporadoras de média e alta renda continuam desafiadoras”, afirmaram os analistas do BTG Pactual em relatório sobre a Trisul, que teve resultados classificados como “neutros”. A dificuldade está no financiamento imobiliário mais caro e no preço dos imóveis, que estão “machucando a capacidade de compra” no segmento, de acordo com o banco.
Para Oreng, “o sentimento do mercado está pior do que os números” do setor, mas isso não deve mudar até que haja sinalização de queda da taxa de juros.
Enquanto isso, a capacidade de alguns construtores de média e alta renda de financiar suas obras pode ser um problema, já que os bancos estão reservando o crédito mais “barato” para o comprador das unidades e utilizando mais recursos “livres” no financiamento à construção.
O resultado pode ser um recuo do patamar de lançamentos e uma concentração maior do mercado nas mãos das incorporadoras com balanços “fortes”, que continuam tendo acesso ao crédito mais favorável. “Por isso gostamos da Cyrela”, afirma a analista.
fonte: https://www.abecip.org.br/imprensa/noticias/incorporadoras-lancam-e-vendem-mais-no-2-tri-valor-economico
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