Crédito imobiliário em risco: a crise da poupança e do FGTS

 Raquel Rolnik analisa o esvaziamento das fontes tradicionais de financiamento habitacional e alerta para os impactos da financeirização na política de moradia no Brasil

  Publicado: 17/07/2025 às 7:39

Na coluna desta semana, a professora Raquel Rolnik comenta a crescente crise no financiamento habitacional no Brasil, com destaque para o enfraquecimento da poupança e do FGTS como fontes de crédito para a construção de moradias populares. A poupança, que sempre sustentou o sistema de crédito imobiliário com juros mais baixos, vem perdendo atratividade devido à política monetária atual. Já o FGTS, antes essencial para habitação e infraestrutura urbana, tem sido esvaziado por saques frequentes e novas aplicações.

Raquel critica a proposta do governo de substituir esses recursos por financiamento via mercado, com juros mais altos e correções inflacionárias, o que tornaria a casa própria ainda mais inacessível para famílias de baixa renda. A situação se agrava com a criação da Faixa 4 do programa Minha Casa, Minha Vida, que amplia o uso do FGTS para famílias com renda de até R$ 12 mil na compra de imóveis de até R$ 500 mil, favorecendo classes mais altas e comprometendo os recursos destinados aos mais pobres. Para a professora, a lógica financeira tem comandado a política econômica em detrimento do direito à moradia.

fonte: https://jornal.usp.br/radio-usp/credito-imobiliario-em-risco-a-crise-da-poupanca-e-do-fgts/


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